terça-feira, 6 de abril de 2010

A Casa da minha Ôma 2 - BODAS DE OURO

Oma Hulda e Opa Johann Bublitz

Lembro sempre meu irmão a contar sobre as Bodas de Ouro dos meus avós, que durou 5 intermináveis dias e noites. Pena que na ocasião eu ainda não era nascida para poder aproveitar tal deleite(foi na década de 50, meus irmãos eram pequenos). Meu ôpa matou, para a ocasião, um boi, alguns porcos, muitas galinhas e patos. Comprou um saco de 20 kg de farinha de trigo para que minha ôma fizesse toda a parte da confeitarias. Todos os filhos e noras, filhas e genros foram convocados para ajudar nos preparativos.
Minha mãe e tias, na cozinha, entre intermináveis conversas ao pé do fogão à lenha, faziam as conservas de legumes, os doces de frutas, os bolos e as cucas de fruta com farofa. Descascavam as batatas, cozinhavam o arroz, assavam os patos e galinhas no velho forno. Meu pai e os demais homens da família eram responsáveis pelo abate dos animais e pelos assados de brasa, pelas bebidas e pela recepção dos convidados. Toda a redondeza fora convidada e essa inesquecível festa foi marcada com muita emoção, pela surpresa feita ao meu ôpa, pelos seus alunos da escola de música. Na última noite da festa, para fechar com chave de ouro, todos eles apareceram, descendo lentamente a colina de pasto, tocando “A negra cigana”, arrancando suspiros e lágrimas de todos os presentes, especialmente do meu ôpa. Deve ter sido mesmo emocionante.
Meu ôpa nos deixou em 1962, pouco antes do meu nascimento. Só ficaram morando na casa, minha ôma e minha tia Laura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Casa da minha Ôma 2 - BODAS DE OURO

Oma Hulda e Opa Johann Bublitz

Lembro sempre meu irmão a contar sobre as Bodas de Ouro dos meus avós, que durou 5 intermináveis dias e noites. Pena que na ocasião eu ainda não era nascida para poder aproveitar tal deleite(foi na década de 50, meus irmãos eram pequenos). Meu ôpa matou, para a ocasião, um boi, alguns porcos, muitas galinhas e patos. Comprou um saco de 20 kg de farinha de trigo para que minha ôma fizesse toda a parte da confeitarias. Todos os filhos e noras, filhas e genros foram convocados para ajudar nos preparativos.
Minha mãe e tias, na cozinha, entre intermináveis conversas ao pé do fogão à lenha, faziam as conservas de legumes, os doces de frutas, os bolos e as cucas de fruta com farofa. Descascavam as batatas, cozinhavam o arroz, assavam os patos e galinhas no velho forno. Meu pai e os demais homens da família eram responsáveis pelo abate dos animais e pelos assados de brasa, pelas bebidas e pela recepção dos convidados. Toda a redondeza fora convidada e essa inesquecível festa foi marcada com muita emoção, pela surpresa feita ao meu ôpa, pelos seus alunos da escola de música. Na última noite da festa, para fechar com chave de ouro, todos eles apareceram, descendo lentamente a colina de pasto, tocando “A negra cigana”, arrancando suspiros e lágrimas de todos os presentes, especialmente do meu ôpa. Deve ter sido mesmo emocionante.
Meu ôpa nos deixou em 1962, pouco antes do meu nascimento. Só ficaram morando na casa, minha ôma e minha tia Laura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário