terça-feira, 6 de abril de 2010

A casa da minha Ôma - 6 - visitações



Costumávamos jantar nessas visitas que fazíamos aos tios. Grossas fatias de pão de milho com muita nata e queijo branco recém amassado e melaço, hummmm, eu adorava. Detestava, na época, pão com salgado. Minha mãe comia com lingüiça feita ali no sítio, fresquinha, cheirosa e com muito alho, e queijo colonial. Sempre tinha aipim frito com bacon defumado no fogão à lenha, galinha ensopada que era sobra do almoço; tudo criado ou feito por eles. As únicas coisas que eram compradas: o açúcar (cristal), a farinha de trigo e o café. Tudo o que ia à mesa, era produzido ali: verduras, legumes, grãos, carne, frango, ovos, bacon, leite, queijos, frutas, doces, pães, etc. Tudo deliciosamente diferente, carne sem hormônio e verduras e legumes sem gosto de agrotóxico.
Depois íamos para a varanda, sentávamos em bancos de madeira, meu tio numa cadeira de balanço, e as estórias rolavam noite adentro. Eu, claro, não queria saber de conversa, ficava 5 minutos ouvindo o papo dos adultos e já queria brincar com meus primos Ingo e Arnoldo e minha prima Erna. Eles tinham alguns pássaros nas gaiolas e deixavam-me alimentá-los. Contávamos nossas histórias de crianças, eles querendo saber como eram as coisas na cidade, eu querendo saber como faríamos para tomar banho no riacho no dia seguinte, e por aí ia a conversa, até o sono nos vencer. Tempos impagáveis esses....

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terça-feira, 6 de abril de 2010

A casa da minha Ôma - 6 - visitações



Costumávamos jantar nessas visitas que fazíamos aos tios. Grossas fatias de pão de milho com muita nata e queijo branco recém amassado e melaço, hummmm, eu adorava. Detestava, na época, pão com salgado. Minha mãe comia com lingüiça feita ali no sítio, fresquinha, cheirosa e com muito alho, e queijo colonial. Sempre tinha aipim frito com bacon defumado no fogão à lenha, galinha ensopada que era sobra do almoço; tudo criado ou feito por eles. As únicas coisas que eram compradas: o açúcar (cristal), a farinha de trigo e o café. Tudo o que ia à mesa, era produzido ali: verduras, legumes, grãos, carne, frango, ovos, bacon, leite, queijos, frutas, doces, pães, etc. Tudo deliciosamente diferente, carne sem hormônio e verduras e legumes sem gosto de agrotóxico.
Depois íamos para a varanda, sentávamos em bancos de madeira, meu tio numa cadeira de balanço, e as estórias rolavam noite adentro. Eu, claro, não queria saber de conversa, ficava 5 minutos ouvindo o papo dos adultos e já queria brincar com meus primos Ingo e Arnoldo e minha prima Erna. Eles tinham alguns pássaros nas gaiolas e deixavam-me alimentá-los. Contávamos nossas histórias de crianças, eles querendo saber como eram as coisas na cidade, eu querendo saber como faríamos para tomar banho no riacho no dia seguinte, e por aí ia a conversa, até o sono nos vencer. Tempos impagáveis esses....

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